quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sem propósito,ou sentido.

Dos fatos eu que sou.
Dos pedaços que perdi,
Em cada páginas que escrevi.
E de todas as minhas folhas,o que sobrou?

Um pouco de açúcar pra me adoçar os olhos.
E as velhas fotos de um anjo sem nome.

Minto,às vezes minto.
Não era sem nome.
Era o fardo de ser livre.
O desejo de ser logo moça.

- Pra quê,criança?

Pra não ter medo de escuro,
construir nos olhos um muro.
E se entregar ao infinito,que de fininho
te cobre os ombros do inseguro.

Inseguro é amor que não tem remetente.
É canção que se canta pela metade.
É ter o peito em fogo ardente,
É abraçar o mundo,antes que ele acabe.

                                                                     Elisama Oliveira

Um comentário:

Bruno Gaspari disse...

Olá! Achei seu blog num outro link
e lendo algumas postagens, resolvi
parar para comentar esse seu poema.
Aplausos por cada verso profundo,
intenso de sentidos, eu adorei!

Abraço