sábado, 11 de agosto de 2012

Enlouquecendo no que se diz,respeito.

      — Você caminha rápido demais.Não espera o tempo.

                                  t e m p o *


Vasto.Nulo.Grande.Imundo.Em controversa,imaculado.O tempo,a vida,a mão,o cabelo,o laço,o perdido.Desencontrados.E em tudo isso sou coadjuvante.Queria ter mais prática,mais maleabilidade com as sílabas que te formam.E em todas elas sou desgastada.Como as calçadas do centro.Meu bem.Não sou tão desequilibrada como disse que seria.Perdão.Sou dessas-que-sempre-se-perdem-n0-que-diz e depois partem para o mais fundo dos oceanos jurando encontrar resposta.Não encontro.Juro que nunca tive menos que dois sonhos na carteira,mas eu tenho essa mania de enfeitá-los.Daí sempre parecem muitos.Mas são só dois.E nos dois eu me enrolo e desenrolo.Vou realizá-los quando todas as repostas forem respondidas.E são muitas meu bem,muitas.Por isso as muitas borboletas na minha parede imaginária.São pra descontrair.Uma de cada cor.Uma de cada nome.Sete de cada sonho.Quatorze cores,quatorze nomes,dois sonhos.Enlouqueci.



Eu preciso esperar,é o que dizem.Certos,e como estão.Me arrependo de ser tão teimosa quando os peço silencio.São tantas recaídas.Tantos pulos no escuro.Dos mais altos andares da desobediência.Eu quero um mundo que ainda não existe.Uma vida que ainda é distante.É por paixão sim,mas por que ainda não estou satisfeita? Não é paixão então.Digo que é! E repito que é! Porém,ainda a questão me embala.Eu estou crescendo rápido demais,de dentro pra fora.E isso não é bom.

Não é verdade que não rio mais.Sou mais que esse barulho nas ruas multiplicado por quatrocentos.Quieta.Mesmo escrevendo a vida,mesmo pintando insetos esquisitos.Não me satisfaço.E peço perdão.Pela birra,a incoerência.Quero ser criança.E consigo.Mas desisto.E no todo eu não sou um terço do que quero.Daí repetem:
      — Você caminha rápido demais.Não espera o tempo.


E como em todas as vezes,me calo.Certos estão.






Elisama Oliveira.

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